É interessante como o Agronegócio brasileiro gera tanta polêmica, a "briga" é sempre muito acirrada entre aqueles que o defendem e os que o abominam.
Recentemente o jornal britânico "The Economist" publicou uma reportagem intitulada "O milagre do cerrado" relatando os números impressionantes do agronegócio e mostrando qual o segredo deste sucesso.
Segundo o jornal, "entre 1996 e 2006, o valor total da produção agrícola do país aumentou de 23 bilhões de reais para 108 bilhões de reais, ou 365%. O Brasil aumentou suas exportações de carne dez vezes em uma década, ultrapassando a Austrália como maior exportador do mundo. Tem o maior rebanho bovino do mundo depois da Índia. É também o maior exportador mundial de frango, açúcar de cana e etanol. Desde 1990 sua produção de soja aumentou de quase 15 milhões de toneladas para mais de 60 milhões". O periódico destaca também o auxílio da Embrapa no desenvolvimento de novas tecnologias para o cerrado (esqueceram que a UFV foi pioneira nisso...).
Rapidamente a notícia correu o mundo e chegou à terras tupiniquins e aqui encontrou terra fértil para críticas e novas publicações. Segundo Flavia Paidini do Portal Página 22, o milagre se deu as custas do cerrado, um bioma rico em biodiversidade. Marcel Gomes da agência de notícias Repórter Brasil tem uma opinião semelhante. Por outro lado, o ex-ministro da agricultura Roberto Rodrigues (eu sou fã dele) rebate as acusações de forma brilhante no siteNotícias Agrícolas.
Coloquei este post para que você tire suas próprias conclusões.
A minha é que temos que preservar todo e qualquer bioma no Brasil (isso é fundamental), da mesma forma, temos que alimentar quase 7 bilhões de pessoas (e isso não dá para fazer sem que pelo menos um pedaço de terra), ou você daria um Ipê Amarelo para eles comerem. Lógico que eu não sou tão ingênuo, e sei que a fome envolve outros fatores muito mais complexos, mas o agronegócio faz, e muito bem, a sua parte...produzir comida!
Na verdade, eu acho que o meio ambiente e agronegócio podem andar juntos. Ninguém precisa amar nem deixar de valorizar nenhum deles.
E este não é um caso isolado, desde sempre existem opiniões antagônicas sobre o assunto. Confira duas abordagens bem distintas sobre o agronegócio:
