Ad (728x90)

Assunto:

O PIBão do agro e uma reflexão



A notícia:  A economia brasileira cresceu 0,6% no primeiro trimestre de 2013 em relação ao trimestre anterior. Em relação ao primeiro trimestre de 2012, o crescimento foi de 1,9%. Em valores correntes, o PIB alcançou a marca de R$ 1.110,4 bilhões. Os dados vieram abaixo do crescimento esperado pelo mercado (0,9%). Nos últimos meses, o governo não tem feito previsões sobre os indicadores econômicos para evitar críticas. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o destaque do crescimento da economia no 1º. trimestre foi a agropecuária, com alta de 9,7%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o setor registrou alta de 17%, a maior desde o início da série histórica do IBGE, que teve início em 1996. ” (Fonte: UOL, com Infomoney e Reuters)
O comentário: Sem comentários! Não vamos repetir aqui o que temos referido repetida e cansativamente ao longo destes mais de três anos de BioAgroEnergia: o agronegócio sustenta este país e ponto final. Mas vamos aproveitar a oportunidade para convidar nossos leitores para um momento de reflexão. Vou usar um comentário/questão trazido por um leitor nosso, em post anterior, assim como a resposta oferecida. Ela aborda a questão de aumento do processo industrial no agronegócio, agregando valor a nossos produtos exportados. Vamos refletir juntos:
Questão do leitor via LinkedIn: Caro Paulo,  vejo que o agronegócio do Brasil está sempre se superando em produtividade e mantendo a balança comercial, porém quais seriam as opções para adicionar valor agregado às commodities agrícolas ? Muito obrigado por todas as informações e artigos.
Nossa resposta: Prezado leitor, sem dúvida seria aumentar o parque industrial para processamento de soja, exportando mais farelo e óleo. Entendo que as indústrias não estão com boas margens e as grandes exportadoras preferem trabalhar a soja em grão. Parece claro, pois este é o caminho mais fácil. Para que ter dores de cabeça com empregados, sendo que estamos vivendo um apagão brutal de mão de obra (mesmo a minimamente qualificada), pesados encargos trabalhistas e tributários, problemas comerciais para colocação dos produtos farelo e óleo no mercado internacional? Muito mais fácil exportar a matéria prima e pronto! Os chineses estão aí para tomar navios e navios de soja!
Pelo lado do milho, há um enorme espaço para o processamento de milho para a produção de etanol. Mas um tabu impede que isto se desenvolva. A velha questão do problema de alimento versus combustível. Estudos já mostram a viabilidade economica de se produzir etanol a partir do milho no Mato Grosso. Mas os paradigmas são difíceis de ser quebrados. Em um ano como este ainda é possível argumentar que a exportação do cereal usou toda a produção. Mas foi um ano atípico com a grande quebra de safra nos EUA. Em anos normais faltam armazéns, o produtor se desestimula, muito produto se perde por quebras de peso e qualidade e o governo é obrigado a bancar estoques ou vende-los a preços subsidiados. Perdem todos!
Outros exemplos poderiam ser dados, caro leitor, mas vamos ficar com estes que são os mais visíveis a olho nu. Cordialmente,
Foto: Ruralcentro, encontrada em google images

As postagens publicadas neste blog refletem a opinião pessoal de cada autor e não compartilha, necessariamente, a mesma visão de todos os autores do blog.
O Mineiro de Butina é um espaço plural de debate e que gera conteúdo de qualidade para seus leitores.

 

Copyright © Mineiro de Butina™ is a registered trademark.
Designed by Templateism. Hosted on Blogger Platform.